Doutora, quanto tempo vai durar meu processo?

Essa, com certeza, é uma das perguntas que mais recebo. Afinal, quando temos algum problema, queremos que ele seja resolvido o mais rápido possível, não é mesmo?

Mas quando se fala de processo, infelizmente, não há como dizer com exatidão quanto tempo ele pode durar, pois depende de inúmeros fatores, entre eles: se será necessário produzir provas testemunhais, periciais ou outras; se serão interpostos recursos; o número de recursos que serão apresentados; a agilidade do cartório e do Juiz; suspensões e interrupções de prazo; etc.

Todos os processos seguem fases pré-determinadas por lei e cada tipo de ação tem procedimentos diferentes, o que afeta diretamente no prazo de duração de um processo.

Além disto, em alguns casos o processo será finalizado tendo tramitado apenas em primeira instância, em outros pode ser que todos os recursos cabíveis sejam apresentados até a última instância.

Confira, a seguir, o tempo de tramitação médio dos processos, de acordo com o Relatório Anual de 2019 divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ:

A média de duração, também, varia muito dependendo do Estado e Tribunal (Estadual, Trabalhista, Federal ou Militar) em que o processo tramita.Vejamos:

Um processo trabalhista no estado do Rio de Janeiro, por exemplo, dura em média 11 meses a fase de conhecimento em primeira instância, mais 2 anos e 7 meses a fase de execução. Ou seja, em média, cerca de 3 anos e 6 meses. Lembrando que essa média é quando não houve a interposição de recursos na fase de conhecimento.

Os processos que, geralmente, duram menos tempo são os que tramitam nos Juizados Especiais, levando em média de 1 a 2 anos.

Como podemos ver, o tempo pode variar muito e depende de inúmeros fatores (rito da ação, peculiaridades do caso, etc).

Então, se você tem algo que precisará ser resolvido na justiça, ajuize o quanto antes a sua ação. Além disto, considere sempre a possibilidade de utilização dos métodos alternativos de resolução de conflitos, entre eles, a conciliação.

Lembrando que para conseguir chegar a um acordo, ambas as partes precisam estar dispostas a negociar e ceder um pouco, para que se chegue a termos razoáveis para ambas as partes. O objetivo em um acordo é que ambos saiam vencedores.

Portanto, em casos de conflitos, busque sempre a orientação de um profissional de sua confiança, para ser orientado quanto ao melhor meio cabível e a melhor estratégia para a resolução do seu caso.

Ficou com alguma dúvida? deixe seu comentário.

Dra. Joyce Carvalho